Mesmo que me recuses...
Inverta! Nada tem sentido.
Reinvente o medo, disfarçada.
A alma acomoda-se, teima... Ancorada.
Nas águas turvas do passado,
Nada é refletido. Todo Macerada.
O tom da vida, vida se renova.
Refinando paisagens arquivadas...
E o coração, maroto e vazio...
Encara portas apertadas...
Varre dores...
Segue expectante polindo...
Dante fascínio desperto, antes dormindo.
Que se mostre...
E abram-se os tempos e seus desafios...
Cessando a penumbra da dor...
Que a alegria não se desfaça
Nem a esperança se cale.
Entre meio a explosões e fumaça...
Quero sentir com sabor de primeiro beijo.
Brindar a solidez ímpar, o amor verdadeiro
Senão eterno, que dure a felicidade, primeiro.
Antonio Ramos
C A 05-05-12