Nasces nas alturas
Chorado pela tristeza dos céus
Engrossado pelas lágrimas
Dos tormentos humanos
Que te regam e veneram
Numa vénia, num trejeito
Com todo o seu enfeito!
Corres no teu leito
Senhoril e altaneiro
Banhas as tuas margens
Nutres as tuas flores
Sustentas quem te consome
Percorres tortuosos caminhos
Imbuído no teu ventre de vida
Numa pureza cristalina
Num esplendor sublimado
Aproximas-te do clímax
Dum horizonte de glória
Impregnado de momentos
Eternizada por tormentos …
Paixão; Morte; Ilusão; Desilusão
Regados por devaneios de amor!
Ali, perdes a tua pureza
Mas ganhas toda uma beleza
Dada pela natureza
Numa doce virgindade
Banhada pela verdade!
João Salvador – 18/10/2011
João Salvador
© Todos os direitos reservados
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