Ainda hei de navegar por todos os teus mares;
singrar por todos os teus rios
e aportar em todos os teus portos.
Do alto do coração ao baixo ventre,
alegre e docemente a cantar.
Hei de conquistar,
- serena e pacificamente,
aos poucos, por pedaços,
todo o teu território,
assumindo todo o teu espaço amável,
- sem pressa, sem neura, a te explorar
de modo frugal.
Ainda hei de ser batizado
por todas as tuas águas;
dourar-me em todos os teus sóis,
respirar em todas as tuas manhãs.
Ainda hei de fazer-me barco
e afogar-me em todos os teus desejos,
viajando pela imensidão oceanográfica de todo o teu ser
e desbravar todas as tuas entranhas (com alma de poeta)
e nadar, nadar, nadar e correr e ancorar bem dentro de ti
para depois,
em teu ápice, hastear a bandeira da conquista.
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