Por que esse ar?
Será ele pro bem?
O tempo passa,
e arranha-nos qual fria agulha.
Ainda assim o esperamos.
Receiosos quanto à falta,
vazios de expectativas
e a respirar esse breve ar:
tempo,
pomo-nos distantes um do outro
apenas fitando-se...
em olhares cegos te construo,
com palavras mudas te grito,
em pensamentos inertes te idealizo.
E assim, falto de sentidos
sequer percebo
que ao olhar a frente
a esperar qualquer algo,
tudo passa.
e traspassa-nos a ausência.
sem dor.
só saudade.
e assim vive-se:
eterna contradição.
nunca
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença