Oh, Minha Eterna,
Pego da pena para te escrever.
Oh, Musa da minha rua, neste instante,
A destra percorre os caminhos insinuantes do teu corpo!
Te desnudo querida,
Ao lançar-te ao vivo pela pena, com tintas coloridas.
Teu alvo busto coberto de rendas, brancas como a neve, que escuta o teu soluçar, arfante de desejos.
Sei que sois minha apesar de seres tocadas,
Por esses macios tecidos, mas sofro.
Em tuas negras madeixas quantas vezes descansei
E solucei implorando um beijo teu.
Oh amor de minha vida, que tinges de carmim,
Sonetos por ti feitos à luz do luar,
Refletindo em tuas cartas, pedaços da tua alma!
Partes agora para distante de mim e beijo saudoso as tuas pegadas.
Acaricio o caminho que percorrestes envoltos em ardente desejo.
Em cada flor sinto o teu perfume, em cada arbusto vejo o teu perfil,
e em cada curva da estrada a tua alma.
Partes para outro te amar?...Nunca!
Saibas que me levarás contigo e,
Em cada beijo que receberes aí estarei.
Quando fores desejada estarei vigilante.
E nunca te deixarei ver em outro ser a não ser este,
O teu Eterno Amante.
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