Tens uma vida. A vida que escolhes-te!

Tens sentimentos que acalentas-te
Não és um ser empedrado, isento de vida
Não és um ser inanimado

Não és uma boneca sem vida
Nem tão pouco uma lágrima vertida
Não és minha, nem és tua
Nem sequer és de ti própria
Estás refém dos sentimentos
Pelos quais nunca lutas-te

Estás presa a uma existência inexistente
Agarrada a promessas verdadeiras … mas vãs
Eventuais promessas fruto de devaneios

Vês-te, num eterno combate titânico
Onde a razão e o coração esgrimem armas
São alimentos ilusórios da nossa mente

Refletidos num coração recheado de sentimento
Num esperar eterno do amor que tiveste
Mas quando acordas-te havia-lo perdido
Na desumana realidade do viver …

 

João Salvador – 16/09/2010

João Salvador
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