AZAR É O AZAR DA SORTE
DE GANHAR DA VIDA A MORTE
SINTIR O FRIO DO CALOR
DO CALOR FRIO DO FALSO AMOR
NÃO SENTIR O SENTIDO SENTIMENTO
PENSANDO NÃO PENSAR NO PENSAMENTO
NÃO DÁ MESMO PARA SENTIR O PENSAMENTO
MAS DÁ PARA PENSAR NO SENTIMENTO
A CERTEZA INCERTA DE UM CORAÇÃO
É O PISAR EM UM SECO MOLHADO CHÃO
ONDE A CLARIDADE DA ESCURIDÃO
CONFUDE O EGOÍSMO DA DOAÇÃO
DIFÍCIL É FÁCIL COMPREENDER
E A MORTE NA VIDA PREVER
SEM NENHUMA PEQUENA GRANDE EXPLICAÇÃO
BATER NA FRENTE ATRÁS DA EMOÇÃO.
A noção de contradição é, geralmente estudada sob a forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «princípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enuncia-se do seguinte modo:
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte: «não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enunciado declarativo.
O primeiro pensador que apresentou este princípio de forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem de premissa para a demonstração, sem poderem ser demonstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «noção comum», usada para a prova de algumas conclusões. Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira, quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas falsas.
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No primeiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo, converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógica sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No terceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar inferências lógicas.
As discussões em torno do princípio de contradição têm diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado lógico e metalógico. Quando se dá mais relevância ao lado ontológico, trata-se sobretudo de afirmar o princípio como expressão da estrutura constitutiva do real, ou de o negar supondo que a própria realidade é contraditória (Hereclito) ou que, no processo dialéctico da sua evolução, a realidade supera, transcende ou vai mais além do princípio de contradição (Hegel). Quando predomina o lado lógico e metalógico, trata-se então de saber se o princípio deve ser considerado como um axioma evidente por si mesmo ou como uma convenção da nossa linguagem que nos permite falar acerca da realidade.NUMA AULA DE LITERATURA
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