Crônica de uma vida quase perdida

Crônica de uma vida quase perdida
 
Hoje eu abri os olhos e vi o que fazia com
Os que estavam ao meu redor
Quantas vezes desprezei os que me amam
Para procurar prazeres fúteis?
Quantas coisas boas desperdicei?
Hoje eu acordei, abri os olhos e me vi,
Me enxerguei. Pobre de mim,
Rosto marcado pelo tempo.
Rugas, eu as vi.
Depois de tudo eu sei que
Magoas ficaram.
Hoje escrevo as crônicas de uma vida
Quase perdida, desperdiçada
Por coisas e momentos que eu não sei explicar
Porém, uma coisa eu digo, me arrependo.
Arrependimento por momentos felizes
Que eu não vivi, por momentos tristes
Que vivenciei e venci.
Hoje eu acordei, acordei para uma
Vida que há muito eu não lembrava que existia.
Paz, paz, paz... nesse momento é o que sinto.
Queria voltar aos tempos idos endireitar
Os caminhos tortos
Aplainar as ladeiras da infelicidade
E nunca mais cometer
Erros ferozes
Por momentos atrozes
Hoje eu acordei...
 
Autor: Francisco Mesquita
 
 


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