Eu me sento na beirada do caminho
Novamente sem saber por onde vim,
E a torrente afunda as peças do destino;
Faz da estrada agora um rio, um caos sem fim:
É o meu pranto que transborda nas veredas,
Pelos erros que eu tentei mas não venci;
Meus fracassos inundando as alamedas
E eu ali, molhando os pés, sem reagir...
Mas se ergo o olhar, vejo um barquinho
Flutuar livre de tensão:
Quem o conduz sabe os caminhos
E os atalhos do coração;
E quem se entrega, em paz navega ao lado Seu,
Que o aguaceiro se faz passeio com Deus.
Quando a dor rouba a canção de um companheiro
E a aflição faz sua vida submergir,
Eu também afundo ali em desespero,
Que eu nem sei o que dizer ou como agir...
Mas se ergo o olhar, vejo um barquinho
Flutuar livre de tensão:
Quem o conduz sabe os caminhos
E os atalhos do coração;
E quem se entrega, em paz navega ao lado Seu,
Que o aguaceiro se faz passeio com Deus.
Foto de Breno Peck no flickr: http://www.flickr.com/pho...
O título original do poema era "Veneza". Eu mesmo não tinha ficado muito satisfeito com ele... Então, aproveitando a sugestão do amigo Zé Gaiola (nos comentários), trocamos para "Veredas". Obrigado, Zé!
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