Ou o Cravo e a Rosa

 
 
 De coração na mão
Chega o cravo pomposo
Ingênuo, e bondoso.
 
A rosa cara amarrada
Sentada logo e encarada
Fuzila o pretendente
O fustiga com o olhar
 
E cravo se amedronta
A rosa o insulta
O cravo perdeu a luta!
 
A rosa se cala
O bruto fala
A rosa não da bola
O pré-histórico
A amola
 
A rosa se enfurece
E começa a disparar
Insultos a torto e a direto
E o cravo a bloquear
 
O cravo se arruma
Toma medias drástica
A rosa se põe a elogiar
 
Se sentido ofendia
A flor começa
A gritar
 
O cravo poi-se a apelar
Medidas que essas para a rosa
E insultar
 
E num gesto abrupto
Com as flechas do cupido a disparar
Com paixão e emoção
A recatada e o bruto estão a se beijar
 
Uma escolha feita inconsciente
O bruto da rosa e escravo
Homem feliz, mulher que era carente.
A linda rosa perdeu pro cravo
 
Poema baseado em a Megera domada Linda rosa

jeanp
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