Neste momento em que pareço nada mais enxergar,
Senão teu meigo rosto e que em nada mais anseio
Aspirar senão o teu perfume.
Sinto a vida desabrochar como manhã de primavera
Ao lembrar de tua existência.
O som do teu sorriso é para mim, a mais terna canção
O esvoaçar de teus cabelos, a mais linda visão.
Tens o paraíso em tuas mãos.
És para mim o gosto do mel, posso imaginar
E coloco no papel
Para jamais esquecer que sem você
Tudo é amargo como fel.
Peço em oração, que eu possa
Mesmo que através do pensamento
Aventurar-me ao teu lado pelo mundo
Ser sua eterna namorada.
E mesmo quando a primavera dos meus dias
For só saudade e, em noites de inverno, eu ansiar
O calor do teu corpo e se, sorte perversa, tu partires um dia,
Vagarei sobre teus passos qual fantasma atormentado.
Pois não será então mais do que metade de mim.
Que eu saiba sempre te expressar
Meu bem querer, amar-te e dar-te tudo o que for meu
Sempre antes do meu bem, pensar no seu,
Pertencer-te só a ti e a mais ninguém.

Lucia Javorski Bara
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