Ó, morte!
Queria te dizer “boa noite”
Mas tenho que te dizer “bom dia”
Pois te imaginei tardia
E você se antecipou
Má sorte!
Ela veio como açoite
Estava próxima e eu não via
Uma hora o fogo ardia
Outra hora se apagou
Não adianta esconder a dor
Um sentimento que é tão nítido
Pois a lágrima é a sinceridade
Transformada em estado líquido
Dedicado à memória do meu paiEm 29/04/2004, poucos dias após o falecimento do meu pai
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