Enquanto o passaro canta

os meninos segos desfilam suas motos

a tresentos por hora na avenida sem lei

o sol pela manha sai furioso a quarenta e sete 

mas nas ruas iluminadas os homens de trese e vinte

e sete anos continuam segos, partindo rumo ao

abismo.

paredes de vidros

olhos de vidro

Portinare 

arquitedos do vazio e das copias francesas

adoradores de sangue virgem 

e de seios rosados

a mente mente e os não menos segos

desfilam sabe lá meu Deus pra onde. 

 

Boca da Mata
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