Embalde te busquei, ó divina musa!
Ao luar de um distante passeio onírico.
Ditosos sonhos de uma mente confusa,
Declínio fatal deste meu coração lírico.

Palavras... quantas não mas disseste!
Tudo em vão!... Meu coração vazio...
Dos teus lábios o beijo não me deste,
Pretenso desejo de um amor doentio.

Viajor de uma vereda tão malsinada,
Algias, foi tudo que desta vida recebi,
Percalço de uma vida já desgraçada,

Caminhei em busca da terna amada,
Por toda existência, e só consegui:
Tristeza infinda, desilusão... mais nada!

 

Rivadávia Leite