Olhar cada amanhecer da mesma forma, sem cor,
daquela que meu coração não gostaria de sentir,
lateja dentro da alma,continuamente, uma cortante dor
que amanhece junto com o dia e não me permite fugir.
Em forma de prece agradeço toda bênçao recebida,
sentimento de culpa que aflora por não sentir assim.
Que dualidade ingrata é essa que persiste ressentida
se que o mais desejo é que tudo isso tenha fim?
Diviso o passado com consciência de toda a trajetória,
onde o sofrimento era maior por não ter a sabedoria
que cada ser tem construída a sua própria história
e que sequelas do pretérito mais longíquo fazem moradia.
O Criador em sua bondade dá para o consolo da depressão
o dom da poesia que faz se esvair as feridas da emoção.
Ana Maria Pupato
ANA MARIA PUPATO
© Todos os direitos reservados
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