Em homenagem aos que exalam
perfume de santidade.
Vejas ali, estimado espectador, aquela anciã de cabelos nevados,
De pele enrugada, de coluna alquebrada e de olhos tristes,
Caminhando em ziguezague pela calçada daquela rua,
Ostentando um rosto surrado e triste de mulher sofrida.
Dirás em teu julgamento censurável e precipitado,
Que ela é um ser pobre, imprestável e de insignificante valor,
Por não mostrar mais a formosura e o vigor infanto-juvenil,
Ante uma figura, agora, enfraquecida pelo rigor da idade.
Tua avaliação não passa de um julgamento ímpio e falacioso,
Pois ela é, hoje, um vaso extenso de experiência e de virtudes;
Ela traz no ventrículo do coração um inestimável tesouro,
Que liberto, dar-lhe-á uma visão maior e merecida do mundo superior.
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