A SABEDORIA DIVINA DA SENECTUDE

 

 

                                                         Em homenagem aos que exalam

 
                                                         perfume de santidade.
 
Vejas ali, estimado espectador, aquela anciã de cabelos nevados,
De pele enrugada, de coluna alquebrada e de olhos tristes,
Caminhando em ziguezague pela calçada daquela rua,
Ostentando um rosto surrado e triste de mulher sofrida.
 
 
Dirás em teu julgamento censurável e precipitado,
Que ela é um ser pobre, imprestável e de insignificante valor,
Por não mostrar mais a formosura e o vigor infanto-juvenil,
Ante uma figura, agora, enfraquecida pelo rigor da idade.
 
 
Tua avaliação não passa de um julgamento ímpio e falacioso,
Pois ela é, hoje, um vaso extenso de experiência e de virtudes;
Ela traz no ventrículo do coração um inestimável tesouro,
Que liberto, dar-lhe-á uma visão maior e merecida do mundo superior.
 
 

dr.jorge anastacio
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