Ainda que o tempo passe, o vento corra, a chuva desça e a vida discorra
Nada mudará o que existe dentro de mim.
Eu já sou como uma pedra incrustada, nada se move ou torna-se alterada
Apenas versos da mesma história se repetem mesmo que eu percorra novas estradas.
Minhas limitações apenas eu posso entender, minha capacidade só eu posso conhecer
Meu pecado só eu posso sentir e o perdão de Deus só eu posso agradecer.
Assim tenho levado o que me leva, pensado sobre que fiz, faço, farei...
De cabeça para baixo é como vejo, em claro, o escuro do futuro, a inconstância do presente, o desgosto do passado. Trazendo na alma as feridas não curadas, os traumas não superados, as promessas não cumpridas, a vergonha da mentira, a lucidez da minha verdade.
O que posso dizer sobre tudo isso que se promove dentro mim é que, minha alma é intocável por sua infinidade, já naveguei seus oceanos e até hoje não dei de conta de sua totalidade; meu coração é terra desconhecida que só o que nele habita é um sentimento destemido proveniente do amor, desse amor que carrego no intimo de meu ser, que muitas vezes se mostra impetuoso, inconseqüente, racional.
Sou de uma intensidade que nem eu mesmo consigo compreender, explode emoção de dentro de mim enquanto me afogo no observar, experimentar, argumentar e concluir.
Por isso eu digo...
Ainda que o tempo passe, o vento corra, a chuva desça e a vida discorra
Nada mudará o que existe dentro de mim.
Porque o meu contraste, minhas naturezas não se modificam, apenas estão em constante evolução sem fim.
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