Você e eu, e uma distancia eminente
Na noite que era só um breu
Andamos tácitos por um curto desvão
Sentamos, olhamos atentos ao páramo
E num intimo acalento
Surge o beijo
 
Beijo tão meigo e arrebatador, melífluo
E de maneira terna e também cálida
Trocamos carinhos amiúde
Frente ao amor nos tornamos lúcidos
E ao mesmo tempo dois noviços
Na brandura do desejo
 
Desejo que somente és o mais puro anelo
Quiça trinar-te o mais belo madrigal
E nossos medos e receio sepultar em uma cripta
Fazer isso sem pesar, sem culpa e sem mácula
Mostrar a esse mundo tênue e pálido
Quão bom é amar

 

Pastor
© Todos os direitos reservados