-Teu canto Cigarra! Desperta o dia que irá nascer,
E se prolonga até o final da tarde já ao anoitecer!
O meu invade o silêncio da noite, o sono do homem!
-É bem verdade forasteiro companheiro de renome...
Nosso canto, mesmo em pranto, deve acontecer,
A vida nos ensina o que fazer qual o nosso dever,
Querer trocar o meu canto pelo seu, o nosso nome,
Infelizmente não poderei fazer, mas, que lhe consome?
Quer seja a dor, quer seja a fome! Deverá me dizer!
-Nobre amigo! Vim ao dia ter contigo, vim ver o sol!
Sabe, a noite é triste e vazia; vivo todo dia muito só.
Querer mudar meu canto é um espanto para você!
Mas, não vim aqui nesse meigo dia isso fazer,
Só quero apenas um pouco desse arrebol conhecer.
Carlos Henrique Costa
Carlos Henrique Costa
© Todos os direitos reservados
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