® Direitos reservados a Simone Helen Drumond de Carvalho
Das palavras, me apraz sentir gostos, perceber cheiros, apalpar lisuras e asperezas, alisar contornos, ouvir silêncios.
Diante delas, ajoelho-me.
Gosto de perder-me em seus sentidos mergulho, em suas delícias e delírios.
Sou dada a amá-las.
Tenho por elas um amor meio profano.
Na intimidade, me apraz vê-las obscenas, obscuras, abstrusas, absurdas.
Deleito-me no papel de súdita e soberana do meu objeto de paixão.
Acredito muito, como o poeta, que “o verbo tem que pegar delírio”.
Sempre escrevi por gosto.
O papel em branco vejo-ô como a um ovo, puro, enigmático e nascedouro.
Gosto muito de acompanhar os caminhos que as letras traçam nas páginas.
Gosto de acompanhar escritas.
Descobri com minha irmã Silvia Drumond de Carvalho que é amante das palavras e letras e hoje é professora de Língua Portuguesa que palavra e gente são a mesma coisa. Irmãs xifópagas inseparáveis.
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