Quando o passado ressurge das sombras e das ruínas, é o momento de refletir...
Uma parte do teu ser que se assemelha a instinto que invoca o desejo ardente, e a nostalgia ilimitada penetra no paradoxo da vida!
Os acontecimentos parece zombar de ti, enveredados em cada instante do presente!
Um cortejo de demônios gera deuses violentos, e incrédulos...
Parece que nada faz sentido!
Uma escalada de milhares de degraus para descer ao abismo das formas?
Um espaço branco parece sugerir uma escolha...
Voltar a viver ou perecer a morte?
As lembranças do passado torturam como se invocassem um rio de chamas que destrói a tudo que toca.
Nem o sono consolador parece esvaziar os pântanos!
A triste melancolia suga cada gota de vida como um vampiro que aparece no crepúsculo da vida...
Os acúmulos de lembranças são uma mistura de nostalgia e ira!
De vida e morte!
Somos todos prisioneiros de cela sem grades, onde a luta contra os demônios interiores não acabam jamais?
Esses instantes parecem arrancar o que existem de bom em nós...
Mas e se pântano onde a batalha é travada, for transformado em verdes pastos onde as cachoeiras de bálsamos curativos são derramados sobre nossa alma cansada...
Todos os acontecimentos deixam marcas, sejam bons ou ruins!
Reconhecer as múltiplas faces de deus, é reconhecer que estamos protegidos ate mesmo quando o caos surge!
A verdade é que todos esses paradoxos invocam a compaixão, a piedade, embora no momento que estejam sendo vividos tragam tanta dor que parece ser insuportável.
Somente é um curador que um dia venceu a batalha de sua própria cura interior!
 
 
(Gilka A. L. Langkammer)
 
 

GILKA A. L. LANGKAMMER
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