E se....
 
Aquele vazio, aquela solidão que aterroriza, consome e degrada qualquer auto-estima,  parece invocar transformações!
O tempo parece destruir qualquer palco de lembranças...
A multidão de emoções elevam a alma, ou a faz deteriora-se.
É um espetáculo mágico viver os momentos de paixão!
Mas misteriosamente o palco desaparece em questão de segundos no tempo...
Vez ou outra as mesmas emoções são despertadas, no entanto já não somos a criança livre confiante que éramos ao amanhecer da paixão...
Somos os arquitetos de nossa vida, ou apenas subimos no palco e vivenciamos as mais dramáticas histórias esculpidas por um ator invisível?
Talvez a proposta do senhor do universo seja nos despir de todo e qualquer invólucro que nos faça sentir donos de nossa vida!
É hábil a forma envolvente que nos traga o amor...
Quando nasce ignora o acúmulo de sensações e acontecimentos que chamamos de felicidade!
Quando se vai denominamos as dores emocionais de experiência...
Se refletirmos incansavelmente com o celebro, nos laçamos a uma redoma de vidro, onde só observamos, e somos intocáveis!
Se o vivenciamos com a profundidade de nosso ser, temos essa “participação mágica” que o ímpeto do amor nos lança a universos mágicos.
Mas a verdade é que pouquíssimos seres humanos deixam de tentar percorrer o caminho do amor!
Mas de que forma continuamos a tentar?
Freqüentemente como velhos aprendizes que aguardam atrás das cortinas no palco da vida, mas como expectadores do que como coadjuvantes...
O medo nos leva escolher uma posição mais segura!
Cometemos as mesmas tolices, e deixamos nosso coração ser sepultado vivo, só pra vivermos novamente a nostalgia do amor...
A mesma história se repete dezenas de vezes, até que os anos da juventude se perdem no tempo...
Então quando a maturidade chega, olhamos para trás, cheios de arrependimento, imaginando se..., e se...., será que se....
Os anos distantes não voltam mais!
E se a superfície impenetrável do nosso medo tivesse sido rompida?
E se tivéssemos permitido que os raios luminosos do amor penetrasse nos cômodos mais sombrios de nosso ser? Mesmo que fossem breves momentos a luminosidade teria permitido conhecer esse aposento sagrado!
E se o passado fosse o presente,
O que você faria, para que não se lamentasse do “- e se....”
 
 
 
 
(Gilka A. L. Lagkammer)
06/07/2010

GILKA A. L. LANGKAMMER
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