Reservo o som
grita apenas o silencio,
em suaves murmúrios
conspirados a dois.
A boca dolorida
das palavras que dançamos
entre ecos e saliva,
repousa agora, em sigilo plácido.
E sem falar,
segredo o que não disse,
e clamo mais alto, mais além
e tu ouves... sem parar de me olhar!
Um dia erguemos castelos
de betão cinzentado,
com muralhas de indiferença,
onde derramamos frases,
como armas de guerra!
Agora que o silencio se esbate.
consigo ouvir-te enfim
e absolvido volto assim
para o teu lado da muralha!
A MALA
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados