Já na alvorada em toda casa
Na chácara ar puro, janela aberta
A limpeza determinada.
O alvoroço de alerta.
O rodo puxa, puxa,
No escorrimento do assoalho,
Não desprezando coisa alguma
Na exaustão do seu trabalho.
Vai e vem dos panos cuidadosos
Sempre juntos dos aspiradores
E renova o ambiente
Dos quadros interiores.
A água caridosa
Que se funde com o sabão,
Leva o lixo, e excrementos,
Enche baldes, lava o chão.
Os livros desempoeirados
Vê-se freqüência nas fileiras,
Convidando ao pensamento
Do cimo das prateleiras
Os móveis descansam calmos,
De novo brilham o verniz.
Toda casa fica leve,
Mais confortada e feliz.
A limpeza é efetuada
É novo impulso a energia,
Multiplicando as estradas
De esforço e sabedoria.
A faxina, qual se chama,
Na linguagem da caserna,
Tem seu símbolo profundo
Nos campos da vida eterna.
Muita gente sofre e chora,
Na dor e na inquietação,
Por nunca fazer faxina
Nas salas do coração..
Searra.
Ribeir
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