SENTIMENTO DO POETA

 
                                             POETA
 
 Sei que é muito difícil as pessoas entender o que passa na cabeça do poeta. Que só pensa em escrever frases, versos, trovas enfim tudo que lê ou pensa. Procura não deixar perecer, na esperança que imortalize assim gerações poderá ler e conhecer.
A alma do poeta é dinâmica, criativa, fria vez calorosa. Emotiva
 Humana, amorosa. Corre nas veias o calor da emoção e alegria, vezes o frio da decepção, tristeza. No entanto o que mais o aborrece é a insensibilidade à indiferença que impera na maioria do ser humano. O! Geração ingrata que nada satisfaz tudo e mais quer menos perdoar retroceder, amar, levantar os olhos para o alto e a Deus agradecer. Tantas beneficias que recebe, mesmo sem merecer.
     Aos olhos do poeta nada é difícil enxergar, tudo vê tudo quer escrever. Em tudo coloca amor, tudo quer agradecer. Tudo parece tão belo até o anoitecer.
     Quando fica pensativo logo começa escrever, pensa que tudo é flor que o mundo todo é um jardim e nada ira perecer. Tudo é eterno, esquece a realidade, flutua nos sonhos espaira ao adormecer. Quando acorda, que horror. O mundo não é assim outra é a realidade. O mundo não é um jardim. Nem tudo é flor, eterno, como gostaria que fosse. Acabrunha com a realidade, há tanta desilusão. Magoa o coração que tanto sabe amar. Dos sonhos lindos, acaba de acordar. Vem à tristeza, a saudade vem à tona, calambeia, vai à lona. Fica difícil levantar, mas a vida continua, com a realidade nua e crua, nada parece mudar.
     Somente o passar do tempo nunca é capaz de parar. A idade vem chegando da juventude distanciando e a lembrança vem na mente morar. Neste peito que abriga este coração latente, que bate amargurado por não ter alcançado, todos os sonhos sonhados, tantos amores amado, mas continua vivendo a sonhar. Com um mundo melhor, onde o amor verdadeiro impera. Onde não haverá espera, nem precise sonhar, pois tudo é tão patente, todos convivendo harmoniosamente, sem diferença e indiferença, todos a se respeitar. Um mundo que exalasse o odor da flor houvesse tanto amor, mãos sinceras a afagar. Caricia amorosa, respeitosa infinidade de braços amigos a abraçar. Obrigado sincero, olhares ternos compreensivos a cruzar.
     Este e um pouquinho do mundo que sonho. Sei que parece ser utopia, no entanto continuo a sonhar. Não medirei esforços para que realize, deste sonho jamais quero acordar.
     Se pensas como eu, da-me suas mãos para juntos caminhar e sonhar.                 
 
 

A sensibilidade e dada por Deus, cabe ao poeta transmiti-la.
VALDIR A. SILVA
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