Amigo, meu caro amigo, como dispersar a consciência de apenas um só toque de recolher quando em tal quartel multiplicados e insepultos passados buscam por uma paz em terra de movimentos e de tempo que marcha como soldado? Amigo, meu caro amigo, como fazer justiça se o pedido do meu amor encontra um porto no ser amado? Amigo, meu caro amigo, como suplicar novamente se sei ainda estar cansado e ainda soldado? E como suportar o absurdo de todo o universo que em mim versa em meu estado? Amigo amigo, tem piedade, vejo cada folha apenas ela ser levada por meu riacho.
 

 

MARCELO GOMES JORGE FERES
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