Assim desvia a Modernidade

Em meio as estátuas de medeira

fundidas a terra,outrora serena

Que o homem começou sua brincadeira

comendo matas deixando-as  amenas


Continuo crescente pedaço do verde

A chuva que não cai aqui no sertão

Sol escaldante que queima as estribeiras

E faz subir uma lenda no coração


De passos molhados recreia o empresário

com terno e mala sentenciados

descaso no rosto de puro escasso

descaso demais a um pobre coitado


Entre figuras,margens e processos

de cunho errante e mentiroso

O rico fica cada vez mais possesso

O pobre cada vez mais viscoso


Um vira lata salta pela rua

será mais um na poeira fria

Ou então mais uma capa nua

de uma face agora sem alegria

Heron Marcos
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