Saio por aí sem abraços,
Botas sem pés e sem passos,
Torpor da vontade apodera.
Viagens de uma alma espontânea
De quem padeceu aos desatinos
Sonhou com a entrega
Sem prestações de conta,
Mas contentou-se com as margens
E transformou desvarios
Em equações inteiras de desejos.
Embalado em silêncio,
No teu colo imaginário,
Universo afora,
Num éter de flores e prados,
Meus fragmentos no tempo maltratados
Juntam-se e revigoram.
Elias neri
© Todos os direitos reservados
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