Soneto das 14 Lágrimas

Aqui sou mais que simples palavras!
Uma vírgula no final de tudo,
Remador de velhas jangadas,
Jardineiro das flores do mundo!

Onde estará o amor qu’eu sonho?
Talvez abraçado à minha poesia!
Em cada lágrima eu lhe proponho:
- Leia meu pranto em demasia!

A você que pensa que nada choro  
E Que diz: - Tudo dele é invento!
Por tudo, tudo mesmo, eu imploro:

Sinta-me mais que verso escrito,
Sinta-me sopro, sinta-me vento...
Amor? Levo nos olhos! Sinta meu espírito! 

PERGENTINO JUNIOR
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