Uma carta que escrevo
Inspirações derivas da dor
Papel, caneta e desejo
De uma vida inteira sem amor
Esta carta que escrevo
Pensando incerto alguém
Para viver histórias me atrevo
Ainda que não saiba quem
Nestas cartas que escrevo
Sem sentido, uma razão
Sem conseqüência ou destino
sem amores, sem paixão
É na carta que escrevo
Da mais casta e inocente
Que desejos não me privo
O encontro em minha mente
Nas muitas cartas que escrevo
Busco amor em desespero
Nos meus sonhos és destino
Minha realidade é desprezo
As cartas que escrevo
Ambiciono um sorrir
Das palavras deste verso
Designo-me a seduzir
Todas as cartas que escrevo
São mentiras do meu ser
Que tanto sofre por não ter
Um alguém a quem escrever
Verônica Dubois
© Todos os direitos reservados
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