Em mim não há nada mais,
Tudo o que tinha e recebia foi pra você.
Vivo em desilusão.
 
Aceito a desilusão, sou fracassado, não tenho nada a perder... (tenho sim)
O que tinha, ou pensava, já perdi.
Perdi pro tempo, perdi pra vida.
Perdi, perdi, perdi.
Perdi o existente mais belo, que a matemática infinita pôde criar nos mais lindos traços, pincéis e gráficos, após ver que não éramos capazes de agüentar.
Não quero teu carinho, afeto e misericórdia.
 
Misero é o que fez.
Não tenho palavras para lhe expressar.
Em duas madeiras cruzadas e com dedos a escrever na areia (como até hoje),
Proclamou para todos liberdade.
 
Essa eu perdi,
Por querer eu no aprender errôneo,
Mereço não descansar, com sua alegria.
Estou cansado, mas não vou por que não quero.
Preciso, mas não vou atrás,
Não é por orgulho, nem por vaidade,
Prefiro a vida sem graça... (sem esperança)
Já que a encontro nas mais engraçadas e passageiras.

O Cristão Cético
© Todos os direitos reservados