Na escuridão, a clareza

Na súbita calada da noite,
supreendido sou pela escuridão,
encontro-me em uma cama que
somente soma-se ao silêncio de uma multidão.
Que ao alto do sol grita incessantemente,
por um conseqüente ato sofredor e que pelo
fim do ardor, caí desfalecido agrupando
mais um capítulo de seu cotidiano medíocre,
que terá recomeço quando houver amanhecido.

Recomeço rotineiro este que é
marcado pela consequência de um agir
e que muitas vezes foi germinada pela imprudência de ser.

Sentado estive uma noite a observar suas mãos
Estas que estão machucadas,
estas que são açoitadas,
cheias dos remendos feitos pelo papel.
Mãos que sempre são usadas para
constituírem o alento dos seus,
são maltradas assim, como se não tivessem
o poderio do valor.

Observei muito a escuridão e perante
ela estive adormecido.
Agora em minhas noites não percebo sua rotina
e não existe mais aquele repouso.
Tudo ficou claro...
Agora percorro as distâncias fazendo tumultos
e fazendo outros perceberem e enxergarem
a luz pela qual zelo.

O Cristão Cético
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