Para alguns o começo!

Para alguns, o começo!


Os passos lentos me arrastavam pela noite fria
O movimento se fazia muito distante,
Assim como a indiferença dos poucos sorrisos,
Que disputavam um débil lugar na tristeza reinante
O coração, congelado pela falta de amor, não mais sonhava
Apenas lembrava da derrota da sua procura,
E no seu desespero, perdido pelo mundo, chorava...
Apertava o meu peito, numa vã tentativa de ser confortado
Mas não havia motivo, só o vazio...
Me perdendo nas desilusões olhei para o chão, pela primeira vez
E nem ali houve o tão sonhado encontro
A dor, naquele momento era insuportável
O meu peito, pelo desprezo era rasgado
Pela falta de amor o coração padecia, humilhado
E naquela noite fria, alguém na janela sorria
Sozinha, como nunca se sentira
Ainda assim, havia nela forças... para sonhar e caminhar.
Enquanto esse corpo, no chão, morria.


Juarez