Olho o horizonte e não vejo a quem procuro
Ergo a mão por sobre os olhos e tento enxergar melhor
Nada!
Inclino a cabeça esfrego o rosto
Logo vem a tristeza pelo vazio a frente
Algumas lágrimas começam a lavar a minha face
Por alguns segundos acho que escuto tua voz
Que solidão!
Um homem já mais deveria se sentir só
É a mais terrível das sensações
Aprecio um casal de colibris pairando por sobre as flores
Um angustia
Um aperto no peito
O choro logo chega, as lembranças constates
O frio, o calor
Não sei mais o que sentir e as lágrimas não cessão.
 Volto a observar a minha frente por bem longe
E mais outra vez nada
Volto a caminhar em direção dos meus aposentos
Ao adentrar vejo o seu retrato sorrindo para mim
Outras grandes gotas de lágrimas voltam a rolar rosto abaixo
Ah! Que saudade de você!
A noite chega outra vez e a cama continua vazia
Não sei mais o que fazer com esta dor tremenda que corroe o peito
Apenas os sons dos grilos na noite adentro
Olho as estrelas tentando encontrar o seu rosto lindo por entre elas
Agora posso ver o grande Rei Sol varrer o seu com seus raios brilhantes
O orvalho secando nas palmas e folhas das árvores
Mais outro dia sozinho!
Será que um dia deixarei de sofrer?
 
 
 
 
 
Autor : J. P. Monteiro 20/01/09
 

J. P. Monteiro
© Todos os direitos reservados