Inicio de um mural

 
 
Inicio de um mural
O século exclamará, nada, nem mesmo afeto.
Encontro-me tranqüilo na solidão.
 Como poderia haver produção numa lavoura morta?
Compreender que a nódoa é uma mancha, e muito mais, uma pequena guerra cruel de sentimentalismo.
Os críticos desalmados são grandes atores, amam as lascivas orgias, mandam aos céus seus desabafos de bom moço.
Sinceramente, o melhor é fazer anedotas com a tal liberdade vigiada.
Podia fazer naquele momento um teatro, felizmente não sou um daqueles esclerosados admiradores de mentiras.
Fiz-lhe um gentil apelo, pedindo administração.
Então ali, frente a frente não vi rasgar nos rostos um sinal ou uma pequena ruga que mostrasse importância ao meu cuidado.
O vento que sopra tempestade sobre o meu rosto, também esta a lê cada passo dos que dependem da terra para viver.
Em todo caso, sou grato, embora sejam medíocres as soluções que tiveram a beira da minha nova crise.
Tom Farias