LABIRINTO
Percorro um labirinto já extinto.
Repuxo as cordas atadas pelo vento.
Desço um penhasco imenso e íngreme.
Atualizo meus contatos reais.
Contrabalanço aos irreais.
São meus sonhos diversificados.
Inoportuno são meus sentimentos.
Um cotidiano etéreo, mas eventual.
Abordo-te com uma categoria barroca.
Estendo as mãos com sutileza.
Meu vocabulário é escasso e fraco.
Pressinto esse labirinto extenso.
Dou voltas sem chegar a algum lugar.
Meu lugar é invisível aos teus olhos.
Nado sem precisar da água fria.
Surrupio sorrisos de alguém.
Mas faço-te chorar compulsivamente.
Pressiono as minhas verdades.
Corrijo minhas palavras amargas.
Destilo meu veneno levemente doce.
Sofro por que sou banalmente vaga.
Soraia
Dias desiguais.......aqui
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