Caminhante&Ciganita_DUETO INTERNACIONAL XXVII_Estranha Carne

 
 
 
O amor era estranho à carne…
A carne queria conhecer o amor,
Procurava mas encontrava
Somente ilusão, apenas dor.
 
Bruno
 
Dor e mente! A ilusão do amor.
Estranha é a vontade da carne.
Desejos que se encontram na dor.
Caminhos que nos levam a solidão.
 
Soraia
 
 
Até que amor ouviu falar da carne,
Curioso… logo a quis conhecer,
Queria mostrar-lhe a bondade,
Adorna-la com o seu charme.
 
Bruno
 
Do seu charme logo caiu em tentação.
Da bondade logo veio a vaidade.
Usando de um charme! A carne.
Uma leve sustentação! O amor.
 
Soraia
 
Mostrar-lhe a verdadeira realidade.
A carne quando o viu… delirou,
Já o tinha sentido na verdade,
Seria a metade que lhe sempre faltou?
 
Bruno
 
Metade do que delirou! É a realidade.
Sem sentido ela soube a verdade.
A carne é o que faltou! O que restou.
O que restou dessa liberdade.
 
Soraia
 
Pensou ser uma ilusão, uma maldade,
Achava o amor divorciado, um desertor,
Agora crê nele é para ela uma felicidade
Perceber que vive nela, é o seu mentor.
 
Bruno.
 
Ilusão ou não, o amor não é maldade.
Amor divorciado é amor separado.
Felicidade cremos e temos! É só querer.
Basta fazer acontecer! E viver.
 
Soraia
 
 
 

Bruno Dias
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