Porque Poeta Sou...


Apagando o despertador mal educado, abro os olhos,
Enquanto minha consciência se despede do sono,
Levanto ainda sem ter recuperado totalmente os sentidos,
E tento despertarlos enquanto procuro o que vestir...
Para mais um dia que se assemelha a outro qualquer...
Água Fria! Por fim me desperto com a cara lavada! 
 
E nesse sistema que insiste em ser rotina,
Não esqueci de ser poeta simplesmente porque poeta sou.
A vida e o tempo são paralelamente desproporcionais.
Quero viver! Quero seguir poeta!
 
No vai e vem das horas, por horas intediantes, por horas curtas demais...
O mundo esquece de lagrimas que em silencio nascem da indiferença dos telespectadores.
Sempre esperando Algo mais, sem ter condições de entregar tudo que temos,
Somos frutos de um ciclo vicioso e exaustivo de sucessos sem importância alguma,
Que acontecem enquanto a vida passa por nos... E nos não a cumprimentamos!
 
Sendo assim,
Apenas não esqueci de ser poeta porque poeta sou.
As vezes o tempo carrega o lápis para tão longe que não consigo alcançar-lo para escrever,
Mas nada pode vendar os olhos de um poeta...
Passos marcados na areia, um barquinho de papel, um desenho infantil, um porta retratos...
Tudo gera pensamento, critica, admiração!
 
Não há como esquecer de ser poeta quando poeta se é!
Assim como uma criança por mais que trabalhe não consegue esquecer de que é criança
E sente vontade de brincar... de ganhar carinho... De ser cuidada... De ser criança.
Tudo aquilo que nos obriga nos absorve mas não mata aquilo que somos, se não permitirmos que isso aconteça.

Sandra Bronzina
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