Quando ouço sua voz, meus pensamentos parecem serem estraçalhados por um tubarão branco, meus sentidos estremecem, calo, perco a consciência, não sei se quebro o silêncio, não sei se continuo a olha-la, se caminho, se corro, se pulo, se a toco...
Quando ela me olha, com seus olhos lindos, irradiantes e únicos, com aquela doçura, cheios de uma ternura e de uma confissão sem palavras...
O nosso romance fica suspenso no ar e quando você sorri, meu corpo parece querer explodir, e sua respiração torna-se um eco inebriante de fronte ao meu espírito...
Quando ela toca meu rosto com seus lábios, quando as faces dela estão ao meu alcance, a tensão é preciso ser contida, o tesão precisa ser remediado, os lábios dela requer uma atenção redobrada, eu perco toda a razão...
Quando ela toca minha mão, e enlaça seus dedos nos meus, e ergue seus olhos para os meus, e põe seu riso gracioso pra minha inteira admiração, eu sinto tudo embaraçado dentro de mim...
Ela, com um único riso me confunde, transparece que estamos apaixonadas, desativa de mim uma decisão, ela me olha e cessa de minha alma a impaciência, ela me olha e me transtorna, me rouba a fala...
E o nosso abraço foi tão desprovido de planos, foi o teu calor que eu busquei, o abraço de aproximação roubada, incrivelmente certo, alguns segundos desproporcionais se encaixaram perfeitamente bem, porque o amor circula os nossos corpos, nosso abraço não pôde mais se esconder por detrás de nossa carne, ele estava em gritos, cheio de rebeldia, necessitando de nossa união, o teu calor eu trouxe comigo...

Em casa, 27/04/05