Fingir uma paz que eu não tenho
num sorriso alegre em desvaneio
enquanto o coração chora em silêncio
a saudade doendo no meu peito
Fingir alegria em meu olhar
quando as lágrimas teimam em cair
quando os lábios ficam a murmurar
saudades que não deixo de sentir
Fingir olhando a amplidão do mar
vendo o sol no nascente surgir
as ondas lentas que parecem murmurar
a minha tristeza no meu sorrir
Fingir alegria em toda vida
escutando a voz que posso ouvir
saudades no meu peito escondida
lágrimas de dor e os lábios a sorrir
Fingir, fingir para viver
escutar o que não queiro ouvir
acalentar a dor alheia
falando a mim mesma
deves fingir!
Rita Maria Medeiros de Almeida
© Todos os direitos reservados
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