HOJE

Hoje a tarde é minha.

Aquele braseiro ao longe,

meu pórtico para o infinito...

Quero adentrá-lo como num oratório em chamas!

O azul da fímbria celeste, que ainda resta,

há de me dar cobertura.

E, sobre o manto das águas a perder de vista,

espargirei minha emoções e sonhos todos.

Ó minha alma, tu podes agora navegar na longevidade do que sempre almejaste.

E tu, meu coração, terás o enigma do ocaso no teu pulsar...

Hoje a tarde é minha!  

Luiz Carlos
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