Quando me lembro da fazendo
do mate e da minha prenda
me lembro da lida campeira
dos bailes lá na fronteira
quando abro minha gaita
no “surungo” da” vaneira “
a “mulherada” se enlouquece
dançando a noite inteira.
 
Trabalhei como ginete
nos pagos de Alegrete
com meu cavalo rumo ao vento
chegava em Livramento
aprontei desde guri
pros lados de Quarai
 
No Rio Grande tenho tudo
nesta terra eu nasci
joguei truco com amigos
tomei banho no Ibicuí
quando pego o meu pingo
ando e sumo por ai.
 
Tenho orgulho desta terra
foi aqui que me criei
por estes campos ai a fora
por muito tempo andei
e a certeza que hoje trago
é aqui que morrerei!
 
(Leonardo Rodrigues—Algum dia do verão de 2008)

 

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