Quando todos ouvirem meu canto

 
 
 
O meu canto a de se espalhar        
Nos ouvidos do mundo
Pelas fendas dos osso do verbo
Pelas oficinas de transformações
Que á noite deixam suas fumaças
Poluírem a ruelas
Esquinas
Becos
 
Camas
E bancos de jardim,
 
O meu canto espremido
Sufocado
Amordaçado
Saltará livre
Pela boca da aurora
Até os ouvidos do crepúsculo.
O meu canto de protesto
Terá o vazio dos pratos do pobre
A ausência de veste no corpo
A fraqueza dos olhos sem luz.
Mas entoado pela voz da solidariedade
Quebrará os cristais da arrogância nos salões granfinos
Quebrará os espelhos da falsidade.
Nesse dia então tudo mudará:
 
O homem será mais livre
A vida
o mundo
as coisas...
 
Tudo terá mais amor!
Aí então, terei a certeza beliscando meu

benedito c.g.lima
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