As fissuras de Robson Crusoé

Tarde o mar

perdido  na solidão do nada

perco minhas palavras

e o silêncio é meu companheiro

tenho a sensação de estar em um  não-eu

Deus, onde estou que não respondo?

Onde andará meu eu?

Devo esperar as horas e o tempo que ainda não chegou?

Ou talvez, segurar a àgua com minhas mãos/

Ou quem sabe levar toda esta areia e contruir meu castelo no mar.

irene antunes boucinha
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