Quando a ocasião nos faz perder a personalidade

Por onde quer que você ande,
procure sempre ser uma pessoa agradável.
Mesmo que lhe faltem com respeito,
não se preocupe em retribuir com a mesma falta.
Se zombarem de você, faça do perdão a sua resposta,
pois, é na humildade que o cristão se faz grande.
Se, por acaso, a sua opinião não foi a correta,
nada o impede de mudar de opinião.
Isso só demonstra que você,
além de falar o que pensa,
pensa a respeito do que falam.
Da mesma maneira,
se os seus princípios, em Jesus, são definidos,
não abra mão deles.
E lembre-se: Nem o próprio Jesus, quando passou pela Terra,
teve o apoio da maioria.
Não permita, portanto,
que a ocasião influencie as suas respostas e posicionamentos.
Afinal de contas,
a nossa personalidade tem a obrigação de ignorar ambientes.
Ela (a nossa personalidade) precisa, sim, ser única e decidida,
qualquer que seja o local.
Ou será que escolher Jesus como caminho significa nem sempre caminhar com Ele?
Pedro, quando agiu assim e, levado pela ocasião, insistiu em negar o Mestre,
logo foi tomado por lágrimas que pareciam incontroláveis, e chorou amargamente.
Pedro chorou a infidelidade, mas também chorou o arrependimento.
E entendeu que escolher Jesus como caminho significava desprezar ocasiões.

Que esse exemplo permaneça vivo na memória de cada um de nós
e nos faça refletir que, por bem menos, temos sido infiéis e sem personalidade.
Infiéis por limitar os ambientes nos quais podemos ou não falar de Jesus.
Sem personalidade por conversar sobre o que nós não temos costume de conversar.
Então, quer dizer que na Igreja eu sou uma pessoa e fora da Igreja eu sou outra?
Pelo menos, isso é o que acontece quando a ocasião nos faz perder a personalidade;
isso é o que acontece quando o nosso compromisso é com a sociedade e não com Deus.
Comprometido com a sociedade, eu até que consigo moldar a minha imagem,
mas permaneço visivelmente vulnerável em relação às minhas necessidades espirituais.
De que me adianta ter vontades diversas, amigos diversos, se eu sou vazio na fé?
Estar vazio na fé é estar carente de bom senso, é estar repleto de falsas referências.

Não podemos permitir que a ocasião fale por nós, precisamos nós falar por ela.
Se nos oferecem adultério, que nos apresentemos como obedientes a Jesus.
Se a festa é estranha, nada de tentar experimentá-la; a vida continua normalmente.
Diante dos absurdos que são tidos como normais, diga que Jesus é a sua verdade.
Parece tudo muito simples,
mas o “cuidado” que nos impede de “desagradar” as pessoas acaba nos tornando desagradáveis a Deus, e lá se vai a nossa personalidade perdida,
embalada pelo “grito forte“ da ocasião, empurrada pelo “veneno forte” do pecado.

Que esse “falso zelo”, praticado por nós, possa ser traduzido, daqui pra frente,
em silêncio quebrado, em palavras necessárias, em um sutil início de evangelização.
Até porque, é da nossa falta de atitude que prolifera a desordem;
é do nosso “respeito fora de hora” que Jesus deixa de ser anunciado.
Ou será que vamos continuar de braços cruzados ouvindo diálogos descartáveis?

E assim, quando a ocasião nos faz perder a personalidade,
o nosso testemunho de nada serve, e nos tornamos filhos de um Deus triste,
e nos tornamos viajante de uma estrada sem sinalização, sem meio, sem fim.
Quando a ocasião nos faz perder a personalidade,
passamos a não mais fazer diferença, e nos tornamos iguais aos que rejeitam Jesus.
Pedro, quando agiu assim e, levado pela ocasião, insistiu em negar o Mestre,
logo foi tomado por lágrimas que pareciam incontroláveis, e chorou amargamente.
Pedro chorou a infidelidade, mas também chorou o arrependimento.
E entendeu que escolher Jesus como caminho significava desprezar ocasiões.

Você tem feito a ocasião, ou ocasião tem feito de você o que bem entende?