Há vocábulos que não conseguem migrar
Para a manancial da matéria:
Pululam como eternos escravos da mentosfera.
 
 
E quando, por acaso, escapam a tal ventura,
Chegando ao portal das metamorfoses,
Afluem ao sepulcro das indigentes mensagens insones.
 
 
Por não saber semantizar perfeitamente
O fluxo e o refluxo da crua realidade
Que ulceriza, alucina e tortura
A animosa, padecida prole da cavalgadura,
Guardo as poderosas palavras nas casamatas da teimosa utopia soturna.   
 
 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
© Todos os direitos reservados