As palavras mais bonitas, saídas do coração,
se encerraram de certa forma e não vieram mais à tona.
Ficaram presas em um mundo isolado,
no peito do poeta não mais inspirado, por perder a sua dona.
Os versos e rimas mais perfeitos estão recolhidos,
no fundo de um baú já cheio de muitas ilusões.
Algumas são segredos que ainda hoje insistem em resistir,
outros são sonhos distantes, amores e paixões.
O pescador de palavras, procura pescar a si mesmo agora,
já que sua rede lançada com esperança, retornou vazia.
Seus olhos se perderam no mar escuro e frio,
esperando surgir, meio que improvavelmente, uma certa alegria.
Seu baú, já tão cheio de recordações,
hoje virou mar, que ainda enche a cada momento.
E nele estão guardados de toda a sua vida,
momentos de dor e alegria, que não cairão no esquecimento
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