Superstições

Posso ver refletindo no espelho quebrado
Os dissabores que a vida me deu.
Sete anos sem sabores, descoloridos,
Contradizendo tudo o que sempre filosofei.
Trafegando pelas minhas superstições,
Eu sigo, e nas alamedas nubladas da minha mente
Continuo buscando novas direções,
E só para contrariar o espelho eu gargalho
Tiro a sorte nas cartas do baralho, porem.
A vida não satisfeita me desdenha.
Queimo incensos perfumados e coloridos,
Faço reverencias e dou boas vindas à sorte
E para a vida faço belas resenhas.
Coloco um ramo perfumado entre as orelhas
Não durmo sem contar uma centena de ovelhas,
E mesmo assim em meus pesadelos posso ver o espelho quebrado,
Ainda marcado em vermelho o primeiro beijo apaixonado,
Que a morte me ofereceu.

Por mais incrédulo que seja um indivíduo sempre haverá algo que lhe causara arrepios.
Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.