Nas entranhas deste mar apavorado por ilusões passadas encontrei a cura para minhas amarguras fechadas por uma solidão gritante.
 
Minha saliva já quase endurecida por gostos não-sentidos...
Quantas lágrimas abortadas por almejarem um rio de calmaria e flores perfumadas.
 
Embebecido no néctar das rosas feridas de Hiroshima procurava minha alma perdida entre os seres viventes.
Quanta saudade de seus beijos diuturnos, eles me fazem lembrar o quanto a vida ensina qual o significado do verbo "Amar".
 
E esses minutos parecem tão eternos que os relógios humanos tão corretos como são, costumam andar para trás...
Atrás do Nada perambulava eu, ás vezes me sentido uma criança abandonada sem ter onde recostar meu rosto...
 
Ah, como queria ouvir suas palavras amargas (meu sabor preferido) elas me fazem sentir o quanto a vida não teria sentido sem seus beijos afroditianos.
 
Esperava perder um dia meu orgulho, pra te encontrar de qualquer jeito e tudo passava e não te encontravas...
 
Mas graças aos ancestrais de Epicuro te encontrei...
 
Desculpas te peço nesta áurea dos nossos horizontes infindos e brilhantes, se pareço-te melancólico ou intendível, minha missão foi cumprida.
E se não encontrou as conexões que procurava, eu já tenho a resposta: Nunca esqueças que eu te amo.
 
É por te amar tanto senhorita que te desejo, mesmo estando longe ou a sós com minhas filosofias ultrpassadas...
Sei que os relâmpagos que tive com você não eram verdadeiros, descobri que tu já és meus temporais ensolarados.
 
 

                                                                      Autor desconhecido.

 

Everson Castro
© Todos os direitos reservados