Um simples querer ser...

 
Seu... de todo letra e música, de carne e osso, de gozo e orgia...
De tantas maneiras ser...
Árvore ou pedra, diamante ou bronze, coração ou mágoa, ou como se nascesse todas as vezes que a vejo, naquelas roupas ou mesmo dispersas ao chão.
 
Desejo na verdade falar-te meu grande amor, mas minha voz não suspeita ecoar nesse mundo, mais vasto mundo drumondiano.
 
Sinceramente, tudo que sinto por te, ultrapassa a cadeia das sete montanhas do Tibet, como cavaleiro errante no medievo eu, peregrinava pelos campos lânguidos de Orfir.
Tu ceifas todo meu ser com tuas palavras vivas, teus lábios molhados e túrgidos pela brisa taciturna, que destoam do simples prazer, por prazer.
 
Jogaste-me violentamente dentro de seu fogo frio e ardente, teu sobejo vespertino dilatava minhas pálpebras in allegreto...
 
Poderia qualquer "homo apaixonadus" como vês que sou,resistir a tamanha jovialidade e beleza que acaba por beirar-me ao precipitio da loucura?
Essas mesmas letras cortantes, sussurrantes, descarnantes e tudo que dantes ouviras em seus passados-presentes, me parecem agora verdades quase absolutas...
 
Se não fosse tua presença reconfortante, amorosa, alentadora,desafiadora, intrigante, amante...
Essa seria uma verdade absoluta, se não fosse teu olhar arrebatador, que de crisallys de toda monta meu tenro coração encarno petrificado.
 
Até logo, depois desse minuto e essas poucas palavras.
Feche os olhos, não se preocupe com a escuridão do agora.
 
A partir deste aqui, continuarei escrevendo até os primeiros dias de meu neo-Risorgimento.
Amo-te para todo agora, ontem, amanhã, depois de amanhã até aquela manhã de Outono.
 
 
Autor desconhecido

Everson Castro
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